Vin de Pays
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- Categoria: desmistificando
A pronúncia, estranha para o português, é “vãn de peií”. Mas o que significa essa expressão?
Na França, existem basicamente dois sistemas de denominação de origem, que controlam a produção dos vinhos, e os classificam.
O sistema AOC (Appellation d’Origine Contrôlée) é, tradicionalmente, tido como próprio para os melhores vinhos de determinadas regiões, que só podem ser assim rotulados se seguirem as rígidas normas impostas pelas autoridades locais.
Mas essa rigidez toda, por vezes, pode não ser a ideal para o enólogo. Muitos produtores querem experimentar, cultivando diferentes cepas, colhendo em vinhas novas, ou usando diferentes métodos de vinificação, que não se enquadram nas leis do sistema AOC.
Aí surge o Vin de Pays, expressão francesa, que significa “vinho regional”, e que é aplicada a vinhos que não foram produzidos conforme as regulamentações de apelação de origem, mas que continuam a apresentar um forte caráter regional, típico de determinado terroir.
Outro motivo para que um vinho seja rotulado como Vin de Pays é o interesse do produtor em oferecer e rotular um vinho como varietal, da maneira como é feito nos países do Novo Mundo(e excepcionalmente na Alsácia, dentro na França).
A classificação Vin de Pays, ou VdP, surgiu na década de 1970, e também impõe determinadas regras, mas estas são bem mais flexíveis.
Mas engana-se quem pensa que esses são vinhos inferiores; um Vin de Pays pode ser de altíssima qualidade, e, inclusive, muito caro. Mesmo que, oficialmente, um Vin de Pays esteja abaixo do AOC.
Ainda muito presente em rótulos, o termo Vin de Pays, com o tempo, vem sendo substituído por Indicaction Géographique Protegée (IGP), que é a interpretação francesa das novas leis de rotulação da União Europeia.
Mas, enquanto isso não acontece, lembre-se de não olhar torto para um Vin de Pays.
E, se quiser entender mais sobre denominações de origem, clique aqui.
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