Vinho orgânico e biodinâmico
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- Categoria: o vinho e a saúde
Um assunto complexo, que está cada vez mais na moda, mas, mais do que isso, que vem ganhando cada vez mais importância.
É nitidamente crescente o número de produtores seguindo métodos de produção diferenciados. Mesmo assim, ainda não está estabelecida uma regulamentação que padronize esses conceitos, nos diferentes mercados ao redor do mundo.
Alguns governos já regulam o uso do termo vinho orgânico nos rótulos, mas raramente vamos encontrar um consenso de definição legal para, por exemplo, vinhos biodinâmicos.
Então, afinal, o que são esses vinhos?
Um vinho orgânico é um vinho produzido apenas com métodos naturais, sem fertilizantes ou defensivos químicos, bem como sem organismos modificados geneticamente. A obtenção de um certificado oficial vai depender, é claro, da legislação local.
Mas e o biodinâmico?
A biodinâmica é ramo da Biologia que trata das forças vitais ou da ação dos organismos vivos. É um conceito baseado em ensinamentos do austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), considerado o fundador da antroposofia, da pedagogia Waldorf, e também da agricultura biodinâmica, que procura valorizar o solo e a planta em seu habitat natural.
Assim, a viticultura biodinâmica é a prática extrema dos princípios orgânicos.
Vinhas cultivadas com o método biodinâmico são alimentadas com compostos de origem vegetal, animal e mineral, aplicados em sintonia com a conjunção dos astros, com as fases da Lua, e com os ciclos da natureza, procurando um maior equilíbrio, e enxergando a videira como um ecossistema.
Obviamente, também estamos falando em não adicionar leveduras selecionadas, nem ajustar acidez. Se quiser ler mais sobre leveduras, clique aqui.
E os resultados obtidos com a cultura orgânica, ou biodinâmica, são realmente melhores?
As vinhas assim cultivadas são nitidamente mais saudáveis, e produzem frutas de sabor muito mais intenso. Mesmo assim, há quem argumente que isso acontece quase que coincidentemente, porque os produtores dedicam mais atenção às videiras. Os adeptos dessas abordagens, por sua vez, garantem que os melhores resultados são consequência direta das técnicas empregadas.
O certo é que não há nada de mal em utilizar conceitos de sustentabilidade, práticas ecologicamente corretas, economicamente viáveis e socialmente responsáveis. Ou alguém discorda disso?
Se o resultado, ainda por cima, for um vinho de qualidade, então nem se fala!
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